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SEMINÁRIO ARQUITETURA PARA AUTONOMIA:

ATIVANDO TERRITÓRIOS EDUCADORES

29, 30, 31

de março 2019

são paulo

quilombaque
teatro de contêiners 
casa do povo

A arquitetura sempre foi uma ferramenta para o poder: instituições polí­ticas, símbolos econômicos e monumentos religiosos. Relações de assimetria e dominação ainda permanecem nos modos de produção da profissão; seja no canteiro ou no desenho. Como seria usar a arquitetura como um instrumento de descentralização de poder e da luta por direito à cidade através de iniciativas comunitárias? O modelo de gestão da cidade e dos espaços e equipamentos públicos não permite a gestão compartilhada e participativa por parte da população - o que significa, portanto, pensar em uma prática de arquitetura que fomenta a autonomia?

 

Desde os anos 80 na América Latina, com as cooperativas habitacionais Uruguaias e as assessorias técnicas a movimentos sociais nas periferias de São Paulo, diferentes alternativas baseadas em práticas inovadoras e na construção coletiva foram desenvolvidas e prototipadas, apontando para uma experiência da democracia em ação e para processos de emancipação social. Contra narrativas e vislumbres de outras possibilidades emergem, questionando nossa relação com identidade, tempo, trabalho, desejo, reprodução social, o outro, a comunidade e o território.

 

A urgência deste seminário também está inserida em um contexto de recorrentes práticas contra direitos civis e a democracia em São Paulo, no Brasil e no mundo: a cada dia existem mais movimentos de poder contrários às iniciativas comunitárias. Como os(as) arquitetos(as) e urbanistas podem se aproximar destes movimentos de cidadania ativa? Como fomentar a criação de espaços de diálogo e construção coletiva do poder público com poderes locais? Como este movimento local e global pode ser legitimado, e os espaços comuns protegidos?

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